Leves são os dias ágeis as promessas sem ruído a vida escorre assim pelas paredes e é pelos teus dedos que se contam coisas como estas.
sábado
domingo
Rua das Portas de St. Antão
Sobre este chão os objectos, as pessoas, o pó. O pó que pisamos, que nos envolve, que respiramos. Que nos faz ser parte.
As camadas de História são apenas visíveis nos cantos e as outras histórias vão e vêm, ao sabor das modas e dos encantos.
Aqui é preciso escavar com os olhos para ver o que sobrou. As imagens experimentadas voltam banalizadas.
As particularidades perdem-se num todo.
O excesso traduz-se no comum.
A paisagem é confusa e desequilibrada.
Cada espaço existe por si mesmo.
domingo
Barcos
ISO: 100 - F: 3,5 - Tempo de Exposição: 1/125 seg
ISO: 100 - F: 5.6 - Tempo de Exposição: 1/40 seg
Iso: 100 - F: 5,3 - Tempo de Exposição: 1/40 seg
Natureza seca
quinta-feira
Pormenores
ISO: 100 - F: 5.6 - Tempo de Exposição: 0,77 seg
ISO: 100 - F: 5.6 - Tempo de Exposição: 1 seg
ISO: 100 - F: 5.6 - Tempo de Exposição: 0,77 seg
Retrato de um passeio
sexta-feira
Claustrofobia
ISO: 400 - F: 3.8 - Tempo de Exposição: 1/125 seg
ISO: 400 - F: 3.8 - Tempo de Exposição: 1/125 seg
ISO: 400 - F: 3.5 - Tempo de Exposição: 1/80 seg
quarta-feira
Nos quartos interditos as mãos vão encerradas nos bolsos II
Nas ruínas do tempo existem espaços cuja entrada nem sempre deve ser trespassada.
Cada porta é uma decisão.
Cada passo é uma atitude.
segunda-feira
Poesia
Imagens que passais pela retina
Dos meus olhos, porque não vos fixais?
Que passais como água cristalina
Por uma fonte para nunca mais!...
Ou para o lago escuro onde termina
Vosso curso, silente de juncais
E o vago medo angustioso domina,
- Porque ides sem mim, não me levais?
Sem vós o que são meus olhos abertos?
- O espelho inútil, meus olhos pagãos!
Aridez de sucessivos desertos...
Fica sequer, sombra das minhas mãos,
Flexão casual de meus dedos incertos,
- Estranha sombra em movimentos vãos.
Camilo Pessanha em "Clepsidra"
Dos meus olhos, porque não vos fixais?
Que passais como água cristalina
Por uma fonte para nunca mais!...
Ou para o lago escuro onde termina
Vosso curso, silente de juncais
E o vago medo angustioso domina,
- Porque ides sem mim, não me levais?
Sem vós o que são meus olhos abertos?
- O espelho inútil, meus olhos pagãos!
Aridez de sucessivos desertos...
Fica sequer, sombra das minhas mãos,
Flexão casual de meus dedos incertos,
- Estranha sombra em movimentos vãos.
Camilo Pessanha em "Clepsidra"
sábado
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